Dilma não fará pronunciamento no 1º de Maio porque não tem o que dizer, diz Renan
Indagado sobre o fato de o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), ter dito nesta quinta-feira que o Executivo já prepara um pacote para estimular a criação de emprego, Renan afirmou que o governo precisa trabalhar para reagir à crise e voltou a criticar Dilma. “O governo tem que sair da paralisia, da falta de iniciativa. Essa coisa da presidente não poder falar no dia 1º de Maio porque não tem o que dizer é uma coisa ridícula. Ridícula. Isso enfraquece muito o governo”, disse.
Renan começou a sua fala ironizando o fato de Dilma ter decidido, pela primeira vez desde que chegou à Presidência, não se pronunciar na TV por medo de um novo panelaço, como ocorreu em março durante a sua fala em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. “Nós fizemos a democracia no Brasil para deixar as panelas falarem, as panelas precisam se manifestar, vamos ouvir o que as panelas dizem”, afirmou.
Apesar das críticas, o presidente do Senado disse que vai conversar com Dilma sobre o pacto, para que os Poderes Executivo e Legislativo possam atuar juntos na defesa pelo emprego.
Entre as sugestões do peemedebista, estão a desoneração da folha de pagamento e a oferta de mais créditos, via bancos públicos, para empresas que criarem novas vagas de trabalho. Ele também vai propor que o governo priorize, em suas compras, empresas que não estejam fazendo cortes de pessoal.
Serra
Em mais um sinal do seu distanciamento com o Palácio do Planalto, Renan deve escolher o tucano José Serra (PSDB-SP) para coordenar o trabalho e reunir as propostas que podem ser encaminhas pelo Congresso.
Renan também criticou o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica, o qual chamou de “ajuste trabalhista”. Ele voltou a defender que, se o governo precisa economizar, deveria dar o exemplo e “cortar na carne”, começando pela diminuição do número de ministérios.*
(*) UOL NOTÍCIAS