IN MEMORIAM
Coronavírus mata Wallace Roney, trompetista americano e estrela do jazz
Discípulo de Miles Davis, músico tinha 59 anos e deixa vários álbuns gravados
RIO – Lendário trompetista de jazz e protegido de Miles Davis, Wallace Roney morreu esta terça-feira, aos 59 anos, de complicações do coronavírus. A morte de Roney foi confirmada através de várias postagens na página do Facebook do músico, nascido na Filadélfia. No momento de sua morte, Roney estava morando na cidade de Nova York.
“Estou triste por ter que confirmar que o icônico trompetista e lenda do jazz Wallace Roney faleceu devido a complicações do COVID-19 hoje de manhã pouco antes do meio dia”, disse a assessora Lydia Liebman em um comunicado à imprensa. “A família está procurando um memorial para homenagear Wallace e suas contribuições musicais depois que essa pandemia tiver passado. Por favor, respeite a privacidade deles neste momento.”
Antes de estudar com Miles Davis (e ele foi o único músico a quem Miles deu aulas), o jovem músico recebeu sua educação em jazz de Clark Terry e Duke Ellington. Ele estudou com Miles de 1985 até a morte da lenda do jazz em 1991. De acordo com a biografia do site oficial de Roney, ele conheceu Miles em 1983, depois de ter se apresentado no Carnegie Hall. No mesmo ano da morte do mentor, os dois se apresentaram juntos no Montreaux Jazz Festival.
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Wallace Roney gravou seu álbum de estréia como líder, “Verses”, em 1987 pelo selo Muse Records. Vários álbuns na Muse, Warner Bros. Records e Concord Records/Stretch Records se seguiram, e quando ele completou 40 anos, em 2000, já tinha participado de mais de 250 gravações. Roney se apresentou várias vezes no Brasil.*
(*) O Globo